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Ecos cá da terra
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Etimologia de um Povo

Etimologia

 

A palavra "etnia" é derivada do grego ethnos, significando "povo". Esse termo era tipicamente utilizado para se referir a povos não-gregos, então também tinha conotação de "estrangeiro". No posterior uso Católico-romano, havia a conotação adicional de "gentio". A palavra deixou de ser relacionada com o paganismo em princípios do Século XVIII. O uso do sentido moderno, mais próximo do original grego, começou na metade do Século XX, tendo se intensificado desde então.

 

Atribui-se a origem do uso desse vocábulo nas ciências sociais a partir das contribuições do eugenista Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), que o empregou na distinção de grupos sociais factícios (opondo-se aos naturais) que resultam de reunião de indivíduos de raças distintas que se encontram submissos, sob efeito de acontecimentos históricos, a instituições, a uma organização política, a costumes ou idéias comuns. Assina-la, ainda que as etnias se distinguem das nações pela intensidade de seus vínculos, visto que a solidadriedade assim constituída subsiste para além da dissolução do grupo que a produziu como entidade sócio política, e permanece como identidade e fator de distinção de outros grupos sociais.

Os portugueses são o povo ou nação com origem em Portugal, na Península Ibérica ou ilhas (Açores e Madeira), no sudoeste da Europa. O português é a sua língua, e o catolicismo a religião nominalmente predominante.

Geneticamente, os dados apontam para uma fraca diferenciação interna dos portugueses, cuja base é essencialmente continental europeia de origem paleolítica. A base genética da população do território português mantém-se aproximadamente a mesma nos últimos quarenta milénios, apesar da presença de inúmeros povos no território português que também contribuíram para o património genético dos seus habitantes.

Culturalmente, as presenças romana, germânica e moura foram muito significativas, tal como foram decisivas a vizinhança e as relações com os restantes países europeus e as relações coloniais com África, o Brasil e o Índico a partir dos sécs. XV e XVI (ver Cultura de Portugal).

Selo da República Portuguesa

No período moderno, os processos migratórios mais relevantes em Portugal deram-se nas últimas três décadas do século XX e até ao presente, com a notável excepção da entrada de grupos ciganos ainda no século XV. Após 1974, o país torna-se um receptor significativo de populações migrantes, quer como resultado directo ou indirecto da descolonização de África, quer como resultado da participação de Portugal na União Europeia. Portugal tem vindo a receber em número crescente populações migrantes oriundas do Brasil, África (com maior relevância das ex-colónias), Ucrânia (e países do Leste Europeu em geral), além de uma multiplicidade demograficamente menos significativa de outras origens, entre as quais avoluma a chinesa.

Portugal foi tradicionalmente uma terra de emigração, desde o período da expansão imperial e colonial, passando, por exemplo, pela emigração económica para o Brasil no século XIX e pela emigração económica, a partir de 1960, para alguns países da Europa Ocidental. Além dos cerca de dez milhões de portugueses residentes em Portugal, estima-se existirem cerca de cinco milhões mais espalhados pelo mundo (incluindo os luso-descendentes recentes) num total de cerca de quinze milhões de portugueses.


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